NOVEMBRO NEGRO | SERVIÇO DE PRETO: CONHEÇA, ROBERT COSTA
Lívia Teodoro
novembro 22, 2016
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Foto: Acervo Pessoal | Robert Costa - Belo Horizonte |
Roberth Robson Costa tem 24 anos, é mineiro e Repórter web, escreve para um portal de notícias on line atualmente. Formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, Roberth diz ter sido escolhido pela profissão. O jovem repórter e eu fomos colegas de faculdade, para aqueles que não sabem, cursei um semestre de Publicidade e Propaganda mas acabei desistindo da graduação, desde então o acompanho através das redes sociais e vejo bem de perto o trabalho que tem desenvolve como repórter. A entrevista de hoje é para que vocês também conheçam mais sobre este jovem negro, talentoso, bonito e muito competente, que me deu a honra de entrevistá-lo para o blog.
Você relaciona alguma dificuldade ou barreira, existente na sua profissão, com as questões raciais?
A internet possibilidade uma proximidade maior com quem lê as notícias que escrevo. Quase sempre há discordância dos leitores em relação a algum título ou chamada. A imparcialidade não existe e muita gente não sabe disso. Quando você escreve sobre determinado assunto, automaticamente, já pretere outro e acaba se posicionando. Busco noticiar de maneira menos subjetiva o possível. Mas, a escrita revela muito das ideias do repórter, do que ele defende ou recrimina. Não é bem uma dificuldade relacionada à área, mas é perceptível a surpresa de muitos quando um encontram um negro capaz de manter uma conversa no mesmo nível ou até melhor. Ser repórter dá abertura para construção de um amplo repertório cultural.
É possível marcar seu posicionamento crítico, acerca de raça, no dia a dia da sua profissão?
Meus posicionamentos a respeito de raça, assim como da homossexualidade e de outros temas ainda considerados tabus, aparecem na minha escrita. A pessoalidade não está presente de forma direta no jornalismo factual, mas dar espaço para notícias que tratam de questões relacionadas faz com que eu sinta meu posicionamento representado. Dar voz a vítimas de racismo e homofobia, divulgar punições e potencializar opiniões de quem entende do assunto são alguns exemplos.
E qual conselho você daria, aos negros e negras, que optarem por seguir nesta área de atuação profissional?
Assim como em outras áreas, acredito que fazer jornalismo abre um leque de possibilidades. O mais interessante é buscar autonomia para escrever sobre temas relevantes para a própria pessoa. Liberdade para expor e denunciar questões específicas não é um dos pontos fortes da prática jornalística, visto a atual configuração do mercado. A democratização dos meios de comunicação é uma demanda que se faz urgente.
Amanhã, uma nova entrevista, com uma profissional de outra área. Vamos juntos dar um novo significado à esta expressão, nós podemos tudo! |Entrevista Anterior|