sábado, 26 de maio de 2018

O ÓDIO DO COLONIZADOR VESTE TERNO E GRAVATA

maio 26, 2018 0
O ÓDIO DO COLONIZADOR VESTE TERNO E GRAVATA - Imagem Projetado pelo Freepik
Fazer ciranda e aplaudir o sol é privilégio de quem nunca precisou ser combativo.

Isso é o típico pensamento de quem nunca precisou viver “apesar de tudo”. Ser good vibes e previamente a favor da paz e do amor é privilégio de quem nunca foi odiado. Desculpa, amigo.

Você acredita nisso do seu contexto. Gente como eu, já cresce em modo defensivo. Não porque alguém vai me chamar de “boba, feia, chata”, mas, porque a sociedade me ensinou o que é ódio desde muito cedo. Gente como eu conhece o ódio e o que eu sinto está longe de ser comparado a "brancofobia".

Talvez vocês, brancos, nunca vão entender ou reconhecer o ódio que eu experimento. E talvez por isso seja fácil dizer que "acho que não precisam sair odiando todo mundo de graça...". Não é de graça, nunca foi. O ódio direcionado para mim e para o meu povo não é de graça. Custa caro, custa vidas e sonhos. E mata todos os dias.

Por isso, repito: É muito fácil criar raízes “good vibes”, se sua terra é “good vibes”. Se te regam com ódio, das suas raízes até sua última folha é ódio mesmo que vai sair.

Eu sou movida por ele, inclusive. E sei que isso não parece nada confortável. Mas quando o assunto é racismo, não pretendo trazer conforto à ninguém aqui, nem mesmo meus amigos.

Embora o desconforto seja necessário pra fazer vocês pensarem sobre isso, acho legal explicar o porque: Estamos numa sociedade em que pessoas negras vivem provocando fobias e medos em outras pessoas, até nos próprios negros. A instintiva escondida de bolsa dos meninos “maloqueiros” no busão, que toda pessoa já fez, vem desse medo social que paira sobre as nossa cabeças. Todas as cabeças.

Dentro deste medo estão os estereótipos que são as amarras que mantém a sociedade nesse looping infinito de preconceito e racismo. E um dos estereótipos atribuídos às pessoas negras, em especial mulheres, são os de violentas e raivosas. Mais recentemente, na internet, o título de “pessoas que apelam gratuitamente e saem distribuindo ódio como forma de revidar” também nos foi dado. Será mesmo que revidamos?


Lendo Homi Bhabha (O local da cultura), a gente entende que os estereótipos retroalimentam a sociedade racista.

O racismo divide as pessoas que "eram iguais" em violentos e dóceis. Os dóceis são aqueles que atendem a expectativa de comportamento ensinada pelo racismo, sejam eles brancos ou negros, os violentos se revoltam. A revolta é com a forma que somos tratados e daí o racismo nos leva ao limite do limite, para enfim poder dizer com provas, além de convicção: "Tá vendo, são violentos, distribuem ódio gratuitamente!".Só que não há nada de gratuito nisso, uma vez que a sociedade está diuturnamente sendo pensada e pensando para moer essa parcela social, para nos eliminar.

Frantz Fanon vai dizer exatamente que não somos capazes de desenvolver a paranoia clínica, porque não há nem espaço pra imaginarmos não sermos amados, quando convivemos com o colonizador, porque a verdade é que não somos mesmo.

Então, é isso, mais uma vez estou me dispondo a explicar que "apelar" com tudo, não é simplesmente apelar com tudo, devolver ódio de graça. O ódio reservado para nós custa caro, muito caro, já disse. E mesmo que todas as minorias do mundo devolvessem com "ódio", iria faltar racista pra pagar essa conta!

E lembrando que o "ódio" de que eu falo, não é "apenas" da parte de quem chama negro de macaco, mas principalmente de todas as formas de ódio: institucionais, na saúde, educação, saneamento básico, genocídio negro. Isso tudo é ódio.

Só que o ódio do colonizador geralmente veste terno e gravata. E até quando nosso ódio "veste terno e fala bonito", como Djamila, Filósofa e "bem vestida", essa galera privilegiada com uma vida de gratidão reclama que "não precisava, tão apelando com tudo...".

E blábláblá. Fim.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

OPINIÃO DE MULHER: VAMOS FALAR DE CAMISINHA - QUAL A MELHOR?

maio 14, 2018 0
É engraçado como que ao dar uma pesquisada no Google sobre "o melhor preservativo", 90% dos resultados de blogs levam à espaços criados por homens e para homens. Não é muito surpreendente pensarmos que "quem usa" a camisinha, é a pessoa que tem um pênis. E o normativo social é pensar em pessoas que tem pênis automaticamente como homens cis. Ok, podemos fazer um outro post para discutir a transfobia nesse caso, mas, agora vamos nos ater em um ponto: mulheres também podem - e devem - ter noção dos preservativos que mais lhe deixam confortáveis. E não, esse não é um publipost - Embora pudesse ser, me nota, Prudence!

A hora do sexo é para dois e assim como devemos cobrar o uso do preservativo de nossos parceiros (apesar de que deveria ser papel de vocês, meninos, saber que a gente não deveria sequer pedir), seria bom também que soubéssemos o que mais nos agrada, nos deixa mais confortáveis e etc.

Para saber com certeza, só testando! Afinal cada corpo é um corpo e sensações são únicas. Mas, vou dar dicas que podem diminuir seus caminhos de testes.

Opinião de Mulher! Qual a melhor camisinha?
A Prudence Ultra sensível (do pacote azul) foi uma boa surpresa para mim. A sensação é de estar transando sem camisinha. Sim, o prazer da irresponsabilidade, com responsabilidade - que trocadilho horroroso! - Essa é a melhor descrição que poderia fazer para este preservativo. A marca promete o máximo de sensibilidade com uma sensação bem próxima do "natural". Ela é de látex, o que pode ser considerado um ponto negativo para algumas pessoas que tem alergia ao material. Mas, se a alergia não for o seu caso, recomendo muito testar a Prudence Ultra Sensível, por ser um dos preservativos mais finos comercializados no Brasil e com um preço que considero bem justo. A Prudence Ultra Sensível custa de R$8,00 a R$10,00, num pacote que vem com 6 a 8 preservativos, em Belo Horizonte.

A Skyn tradicional é também um amorzinho em forma de preservativo, com a vantagem de ser de um material diferente do látex: o poliisopreno. E, sim, a sensação é de não estar usando literalmente nada, principalmente para nós, meninas. As vezes é preciso parar para conferir se a bendita não saiu do lugar, de tão real a sensação de não estar usando nadinha. O preço desta é um pouco mais caro, talvez pelo material que ela possuí, a Skyn Elite tem o preço entre R$7,00 e R$9,00 para o pacotinho com 3 unidades. Mas, acreditem, vale cada centavo investido.

É importante que as mulheres criem o hábito de andar com o próprio preservativo, inclusive para evitarem a clássica e velha desculpa do "Ops, esqueci a camisinha!", usada desde que meninos são meninos e o preservativo foi inventado. É bom falar sobre camisinhas ultrafinas, que se aproximam mais da sensação de não estar usando nada, porque ajuda a acabar com outra desculpa muito dada pelos homens, a da "não gosto de bala com papel!". Ao longo dos anos a tecnologia empregada nos preservativos evoluiu e muito, então esta desculpa da sensação de um "plástico" nas relações sexuais não é mais verdade.

Escolham com responsabilidade e testem a que mais lhe agradar. O mais importante é não esquecer que ninguém carrega estrela na testa, portanto, protejam-se!

sexta-feira, 11 de maio de 2018

DESROMANTIZANDO A MATERNIDADE SOLO - NÃO É PROVA DE FORÇA! [vídeos]

maio 11, 2018 0
O discurso é dicotômico: ou bem você demoniza ou bem você romantiza! Não existe a oportunidade de ver como sendo boa e ruim, ao mesmo tempo, a maternidade solo. 
As pessoas caem na análise rasa de: tornarem a maternidade solo um inferno ou um céu romantizado onde a mãe é uma heroína coroada de força.

Não!

Existem muitas nuances entre ser maravilhoso e ser horrível que é preciso pensar dentro da maternidade solo. Nem só de inferno, nem só de céu.


#1 AMAR O FILHO É UMA COISA, AMAR SER MÃE É TOTALMENTE DIFERENTE.
#2 ESSE NEGÓCIO DE INSTINTO MATERNO, EXISTE?

#3 AS COBRANÇAS DA MATERNIDADE, PARTE I

#4 AS COBRANÇAS DA MATERNIDADE, PARTE II - PORQUE É MUITO PARA UM SÓ!


quinta-feira, 10 de maio de 2018

MATERNIDADE SEM ROMANTISMO - QUANDO NASCE UM FILHO NASCEM OS PALPITES

maio 10, 2018 0
Quando nasce a criança, nascem os palpites
Maternidade sem romantismo - Quando nasce a criança, nascem os palpites.
Projetado pelo Freepik
A maternidade é uma porta aberta para palpites. Talvez ela não seja tão ruim em alguns momentos, mas a autorização tácita que a sociedade passa a ter para lhe fazer cobranças, é. Isso, com certeza é. 

Talvez isso seja diferente para jovens mães que têm seus parceiros ou parceiras presentes na criação da criança. Talvez seja diferente para jovens mães solo independentes. Talvez seja. Mas, mesmo  que de forma diferente, me arrisco a afirmar que isso acontece sempre, em maior ou menor forma. 

Esse texto, obviamente, não vai tratar de todas as intervenções baseadas na lei, que o estado faz ou, ao menos deveria fazer, sobre as crianças, que são filhos de alguém. Porque não tem a menor pretensão de ser jurídico, nem nada do tipo. Vamos falar das pequenas violações sociais que as mães sofrem, todos os dias. Em especial as mães solo, que é onde me encaixo.
Esse é um convite para que você exercite empatia com as mães. Lembre-se: antes de serem mães, continuamos mulheres. Algumas vezes, mulheres que gostam de se sentir seres individuais, respeitados nas suas vontades, desejos e sonhos, não infantilizados. Experimente não resumir mulheres mães aos seus filhos, você nos fará um grande bem.

"Quando nasce a criança, nasce a culpa!" Toda mãe já ouviu esta frase, até mesmo em campanhas publicitárias. Não é difícil ouvir esta máxima nos grupos de mães, nos grupos de família das redes sociais, mas, arrisco dizer que esta máxima deveria ser corrigida: "Quando nasce a criança, nascem as pessoas para culpar a mãe!"

Aliás, começa antes, na gestação, porque a grávida também não é poupada dos palpites, cobranças e toda a carga emocional cruel que as pessoas se acham autorizadas a despejar sobre quem é mãe, antes mesmo da criança vir ao mundo. Mulheres que, como eu, consideram parte de sua saúde mental não ouvir opiniões e cobranças o tempo todo, podem facilmente ficar melancólicas e adoecidas com tanta intervenção, muitas vezes não solicitadas. Isso pode acabar refletindo nas crianças, mas, quem liga? Afinal, "Teve, agora aguenta!"

A responsabilidade pelos filhos é dos pais, quanto a isso não há o que se discutir. De AMBOS os pais. Ou seja? As cobranças que estão sempre sobre a mulher, não são justificadas por nada além do machismo, principalmente no caso das mães solo, como já disse. Quando você encontra seus amigos, pais, que não tem uma relação com a mãe da criança (e às vezes não tem nem mesmo com os próprios filhos, mas, este é assunto para outro texto), vocês questionam com quem ou onde está a criança? Não consigo imaginar o diálogo a seguir,

 "Oi, fulano, quanto tempo... Fulaninho ficou com quem?"

Ao contrário, para as mães, essa pergunta é quase praxe quando ela ousa sair sem o filho, mesmo que a pessoa que questiona não tenha nenhuma responsabilidade sobre a criança em questão.

E as cobranças não param por aí, antes parassem! Se tornar mãe é abrir uma porta de autorização para que as pessoas "cuidem da sua vida", sobre o pretexto de estarem cuidando da criança, o que nem sempre é verdade. Mas, mais do que isso, é uma porta de entrada para cobranças diárias e, muitas vezes, enlouquecedoras. 

Crianças não são robôs. Não há um botão de "liga e desliga" e elas não vem com manual de instrução. Isso quer dizer que, a criança imaginária que existe somente na sua cabeça, que come, dorme e faz tudo na hora certa, não existe. A criança que não chora, não faz birra, não desobedece, não existe. A criança que não dá trabalho na escola, não deixa brinquedos espalhados, não grita, não morde, não interrompe estudos, banhos e idas ao banheiro da mãe, não existe. Crianças perfeitas não existem!

Por isso, cobrar das mães a exclusiva responsabilidade por criar um ser humano perfeito é, no mínimo, falta de empatia. 

Os direitos reprodutivos da mulher mãe, aparentemente, também passam a ser de domínio público depois da maternidade: "E aí, quando vem o próximo?" "Não vai ter mais, não é?" "Cuidado para não engravidar de novo!" "Não vai tentar um menininho?". Se vem outro: "Agora chega, né?" "Você é louca, dois filhos?" "Outra menina?" Se passa muito tempo e não vem outro: "Vai ficar velha para ter outro filho!" "Ser filho único é muito ruim, precisa de um irmãozinho!"

É claro que isso não acontece somente com as que já são mães, a sociedade não respeita mulheres, muito menos seus direitos reprodutivos. Mas ser mãe escancara a porta dos palpites, das cobranças e faz com que as pessoas esqueçam que somos seres individuais. Ser mãe é entregar sua vida ao domínio público. Para mulheres que são apaixonadas pela vida privada, ser mãe é padecer. Sem paraíso.

A mulher mãe passa a ser então uma extensão da maternidade. Isso autoriza o entrevistador na vaga de emprego a questionar sobre a sua maternidade. Autoriza os parentes a questionarem sobre a forma como você educa, se dá ou não doce, se deixa ou não tomar refrigerante. Autoriza os homens a questionarem o seu caráter por você ser uma mãe solo. Autoriza as amigas a te excluírem de certos programas. A maternidade autoriza o silenciamento, a exclusão, os palpites, as cobranças. A maternidade autoriza alguém a te vigiar fazendo côco de dentro do banheiro. 

Como se a maternidade fosse uma simples escolha. Mas não é. A maternidade é compulsória. 

Se você escolheu ter um filho, dois, dez, se sente feliz e plena com tudo isso, eu fico ainda mais feliz por você. Mas, você é exceção, não regra. Nós mulheres crescemos sendo treinadas para exercer a maternidade. Meninas brincam de bonecas, meninos brincam de carrinhos. Preciso dizer mais?

Crianças exigem acompanhamento, exigem que seus responsáveis se tornem multiprofissionais: psicólogos, pedagogos, professores, enfermeiros, babás, cozinheiras, domésticas. Mas isso é cobrado da mãe. Apenas da mãe. 

E mesmo diante de tudo isso, todas estas violações aos direitos individuais, todas as invasões da sua vida privada, todas as cobranças, é preciso ainda que a mãe consiga separar da criança a violência contra a maternidade. Afinal, não é responsabilidade da criança que a sociedade seja violenta e sem empatia com as mães. É um problema da sociedade, não do filho.

terça-feira, 8 de maio de 2018

CINCO SUGESTÕES DE PRESENTES LEGAIS PARA O DIA DAS MÃES [WISHLIST MATERNA]

maio 08, 2018 0
WISHLIST MATERNA Designed by Freepik
Todo os anos a mesma coisa acontece: com a proximidade do dia das mães começamm a chover promoções de fogões, geladeiras, batedeiras, máquinas de lavar, panelas e todo tipo de presente que na verdade são para a casa. Não são para mães, sabemos!
Essa tradição começa agora a ser quebrada - já passou da hora, inclusive - e eu vou te ajudar com uma lista de cinco presentes que gostaria de receber - e muitas mães que eu conheço também. O valor dos presentes listados aqui vão desde o equivalente a um bom liquidificador até uma boa geladeira. Lembre-se, mais uma vez: é dia das mães, não da sua casa. Então se para for investir, capriche!

1 - UM ANO DE ASSINATURA DA NETFLIX

WISHLIST MATERNA #1 Netflix
Acha que só você curte ficar vendo filmes e séries largadão na sua cama? Pode ser que não, hein? Se sua mãe gosta de passar um tempinho relaxando vendo filmes, apresentar a Netflix à ela pode ser muito bom. Pode inclusive proporcionar mais tempo juntos entre vocês, que tal?

ONDE COMPRAR? A assinatura da Netflix é feita online e você pode colocar o pagamento em débito automático na sua conta ou no seu cartão de crédito.
QUANTO CUSTA? A partir de R$19,90 (assinatura mensal).

2 - UM FINAL DE SEMANA DE FOLGA

WISHLIST MATERNA #2 Viagem Projetado pelo Freepik
Calma, sugerir que você dê uma viagem para a sua mãe como presente no dia das mães, não é para dizer que seria um presente passar um tempo longe de você. A ideia é que sua mãe possa curtir um momento dela, sendo livre e independente para fazer o que quiser. Às vezes isto não é possível com os filhos sob a sua responsabilidade. Se você tiver mais irmãos, podem se reunir e caprichar numa viagem mais cara dividindo o pagamento.


ONDE COMPRAR? Agências de viagem on line tem destinos simples ou sofisticados, o importante é escolher algo que caiba no seu bolso.
QUANTO CUSTA? Com planejamento este presente pode sair super em conta. A depender do destino você pode gastar entre R$300,00 e R$1.000, 00 para presentear a sua mãe.

3 - A COLETÂNEA DE LIVROS DA CHIMAMANDA N'GOZI ADICHE

WISHLIST MATERNA #3 Livros - Foto: Facebook Companhia das Letras
Sua mãe também é apaixonada por leitura? Chimamanda é uma escritora africana de literatura, impossível não se apaixonar pelos contos e histórias da autora. Os livros foram publicados no Brasil pela editora Companhia das Letras e não custam o olho da cara. 

ONDE COMPRAR? Estão disponíveis no site da editora.
QUANTO CUSTA? Cada um dos títulos na foto custam entre R$29,90 e R$50,00.

4 - UM CURSO DE CURTA DURAÇÃO

WISHLIST MATERNA #4 CURSO Projetado pelo Freepik
As mães que estão sempre procurando aprender coisas novas podem gostar dessa opção. Que tal um curso rápido de fotografia, bordado, pintura, música, dança, Yoga, meditação, bijus e outras tantas coias que se pode aprender de maneira rápida? Pode se tornar um passa tempo ou até mesmo uma atividade que remunere a sua mãe no futuro. Descubra uma coisa que ela gosta e invista no conhecimento dela, afinal, ela já investiu muito no seu também. 

QUANTO CUSTA? A depender do que é ensinado e da modalidade (virtual ou presencial) o preço pode variar bastante. Uma oficina de bordado, por exemplo, pode custar de R$80,00 até R$300,00.


5 - ENSAIO FOTOGRÁFICO

WISHLIST MATERNA #5 ENSAIO FOTOGRÁFICO - Projetado pelo Freepik

Que tal ajudar a sua mãe a recuperar ou levantar a autoestima? Um ensaio fotográfico divertido, sensual, romântico, produzida, natural ou seja lá qual for mais a cara da sua mãe, aposto que ela irá gostar. É uma opção para deixar registrado na memória e nas imagens a mulher linda que ela é. 

ONDE COMPRAR? Com certeza você tem entre seu círculo de amigos uma fotógrafa muito boa capaz de deixar sua mãe bem a vontade nas fotos.

QUANTO CUSTA? Um ensaio fotográfico completo, com produção também por sua conta, pode custar entre R$300,00 e R$600,00.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

HIDRATAÇÃO MILAGROSA PARA CABELOS CRESPOS E CACHEADOS / RESSECADOS [VÍDEO]

maio 03, 2018 0
HIDRATAÇÃO MILAGROSA PARA CABELOS CRESPOS E CACHEADOS / RESSECADOS [VÍDEO]
Resisti até onde pude a tentação de passar comida no cabelo. Mesmo com alguns produtos em casa resolvi recorrer a boa e velha receitinha caseira para recuperar meu cabelo crespo do ressecamento. A receita milagrosa já está no ar, no nosso canal do Youtube. Confira:


quarta-feira, 2 de maio de 2018

O CASO RACHEL DOLEZAL [DOCUMENTÁRIO NETFLIX]

maio 02, 2018 3
O CASO RACHEL DOLEZAL - DOC NETFLIX - ABRIL 2018
Ao assistir ao documentário a primeira pergunta que parece inevitável de se fazer é: "E se eu, mulher negra, saísse por aí me declarando branca, onde eu estaria agora?" A resposta mais provável à minha realidade é: "Mais fácil estar sendo tratada como louca e desequilibrada, do que estrelando um longa na Netflix!"

Acaba de ser disponibilizado no catálogo da Netflix o filme sobre o - polêmico - caso de Rachel Dolezal, a mulher branca americana que se auto identifica como "transracial".

O longa resume a história de vida da mulher de 37 anos, confrontada pela mídia em 2015 com a pergunta: "Você é negra?", "Você é afro-americana?". Visivelmente desconcertada, Rachel fugiu da pergunta e a partir daí a polêmica tomou proporções inimagináveis.

O CASO RACHEL DOLEZAL - DOC NETFLIX - ABRIL 2018
Rachel Dolezal é mãe de três filhos (em 2015 tinha apenas dois filhos), e o documentário mostra a gestação e nascimento do terceiro bebê que, ao chegar, é identificado pela mãe como "negro e branco ao mesmo tempo". O documento de identificação étnico racial do recém-nascido é de preenchimento obrigatório nos EUA, o qual pode acarretar mais processos judiciais para Rachel, se considerado fraudado. O que pode acontecer se ela identificasse o bebê como "negro", mesmo sendo filho de uma mulher caucasiana. O pai do bebê é desconhecido e o pertencimento racial do homem não é definido no longa. Embora tenha sido questionada sobre isto, Rachel não falou sobre o assunto.

Ao longo do filme, é possível ver como a exposição deste caso, no mínimo bizarro, prejudica a vida dos filhos de Rachel. O mais velho, Izaiah, é um dos quatro filhos adotados pelos pais de Rachel quando ela ainda era adolescente, que depois teve a guarda transferida para ela. O filho do meio, Frankilin, é fruto do casamento entre Rachel e Kevin Moore, um homem negro. E portanto, Frankilin também é negro. Durante todo o documentário são expostos os ataques que os filhos de Rachel acabam sofrendo, de pessoas agressivas, principalmente através das redes sociais.

A infância de Rachel foi marcada por abusos sexuais cometidos pelo irmão mais velho (biológico). Depois, teve sua adolescência marcada por presenciar agressões de seus pais aos seus irmãos adotivos. Quatro crianças africanas por quem os pais adotivos acreditavam ser uma "missão divina" que eles cuidassem, de acordo com relatos da própria Rachel. Uma das irmãs de Rachel relata que os castigos físicos eram brutais e constantes, da infância até a adolescência. Inclusive, foi para Rachel que ela pediu ajuda para sair de casa quando teve a chance, para se livrar dos maus tratos cometidos pelo casal Dolezal.

Ao falar sobre o casamento com Kevin, Rachel diz que sente como se ele a "considerasse como um troféu", já que ele mesmo a via como branca e a teria deixado quando ela começou a "se vestir como negra".

Rachel foi uma importante liderança no movimento negro americano dentro da NAACP (National Association for the Advancement of Colored People, a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, em livre tradução), até começarem a duvidar das suas declarações (e de sua sanidade mental). Várias ações importantes para a comunidade negra foram encabeçadas por ela, até a reviravolta e a grande polêmica sobre o caso.

Embora Rachel só enxergue "boas intenções" em tudo que fez, o longa traz a voz de mulheres negras que trabalharam com Rachel e alguns questionamentos feitos por elas ficam martelando em nossas cabeças:

Se Rachel nunca disse nada de novo, sobre racismo e supremacia branca, porque então foi dada à ela a atenção que nunca antes fora dada a mulheres negras? Será então que se aproximaram das causas propostas, por ela ser uma "negra" que se aproximava dos brancos, mais que qualquer outro?

Vidas negras se perdem todos os dias e Rachel apoia seu argumento de que "é negra", porque "se sente como negra". E para materializar isso Rachel faz black face, usando uma maquiagem vários tons acima do seu tom de pele, bronzeamentos artificiais, além das várias perucas, apliques, tranças boxbraids e usa "roupas de negros", como ela mesma define. Enfim, Rachel afirma se sentir negra, porque faz "coisas de negros".

Cá entre nós, poderia haver justificativa mais estereotipada e racista do que essa?

Outro questionamento interessante ao longo do filme, que é simplesmente ignorado por Rachel para continuar afirmando sua "transracialidade", é:

O quão importante seriam as nossas vivências, dores, experiências, lutas, ancestralidade e origem. Quão importante é passar por tudo isso para só então ser considerado negro na sociedade estadunidense?

Rachel parece ter se apropriado da vivência de seus irmãos e filhos para tomar uma identidade que não é dela. E continua jurando de pés juntos que, para ser negra basta se sentir negra. Sabemos bem que na realidade isso não acontece.

Rachel, enquanto mulher branca, poderia ser muito mais útil a comunidade negra, principalmente entre seus pares, mostrando que o comportamento dos iguais a ela é extremamente nocivo para a comunidade negra. Mas, ela insiste todo o tempo que sua "identificação" é muito mais importante do que qualquer coisa que todos os negros tenham a dizer sobre isso. 

O CASO RACHEL DOLEZAL - DOC NETFLIX - ABRIL 2018
"À ideia de raça sendo fluída, eu vou dizer não! E o motivo é porque que as pessoas ainda não entendem o privilégio branco. Se você cresceu com esse privilégio, ele não some naturalmente. Eu acredito que o que ela faz é uma fraude." Latoya Brackett, membro da NAACP.

O CASO RACHEL DOLEZAL - DOC NETFLIX - ABRIL 2018
"Transracial é o epítome [resumo da teoria] do privilégio branco. Se cada grupo étnico não pode fazer isto da mesma maneira e pode ser aceito dessa forma, então é um privilégio." Kitara Johnson, membro do NAACP.

Nada pode definir melhor "O Caso de Rachel Dolezal", do que privilégio branco. Acho inclusive que o caso dessa mulher possa ser usado como ilustração didática perfeita para a expressão. Uma vez que, como muito bem colocada por Kitara, nenhuma outra etnia tem o privilégio de estar autorizado a transitar entre as raças e transitar quando quiser.

Outro ponto colocado no documentário, que não abordarei por não ser meu local de fala - mas, aguardo ansiosamente pelo posicionamento das mulheres transsexuais - é a associação entre a transexualidade e a "transracialidade" de Rachel Dolezal. É um completo despropósito.

Em resumo, acredito que a situação seria facilmente resolvida se Rachel Dolezal abrisse mão da sua mentira e assumisse que não é preciso roubar um local de fala para apoiar uma minoria social. Rachel poderia se colocar como irmã de pessoas negras, como mãe de pessoas negras, mas, nunca como uma pessoa negra. Porque isso é algo que ela simplesmente não é. 

Para assistir ao filme, basta (além de ter uma conta na Netflix, claro!) clicar neste link: https://goo.gl/WLwMTB.

terça-feira, 1 de maio de 2018

VAMOS FALAR DE COISAS DE MULHER ADULTA: CONTRACEPÇÃO SEM HORMÔNIOS!

maio 01, 2018 0
Se você acompanha o blog e o canal já deve ter percebido, tem cada vez mais entrado em pauta assuntos e temas relacionados ao corpo feminino, métodos contraceptivos e liberdade sexual: é a série [SE TOCA!].
Ensinadas desde muito tempo a reprimir nossa sexualidade, muitas mulheres ainda enxergam, assim como lá em 1960 nos EUA, as pilulas anticoncepcionais como a "salvação da lavoura". Sabemos que existem casos excepcionais onde doenças impedem que a mulher deixe de ingerir hormônios sintéticos, ou seja, largar os hormônios não é opção para 100% das mulheres. Mas, cada dia mais um grande número de mulheres tem resolvido abandonar os hormônios como forma de contracepção e investir em métodos não hormonais para controle de natalidade.

Ao contrário do que muita gente pensa, para aquelas que decidem abandonar o uso de pilulas e injeções hormonais anticoncepcionais, não existe apenas a camisinha (como método de barreira) ou os métodos conhecidos por sua alta taxa de falha, como tabelinha ou coito interrompido, por exemplo. Um método que vem se tornando cada dia mais a opção para mulheres dentro e fora do Brasil é o DIU de cobre.

Desde 1929, quando começou a ser utilizado, o DIU mudou bastante, riscos de infecção diminuíram e as taxas de falha também. Mas, infelizmente, muitos mitos continuam sendo espalhados, principalmente no Brasil, o que acaba desanimando algumas mulheres a optarem por este método extremamente seguro.

Um dos mitos espalhados e perpetuados sobre o DIU de cobre é o de que seria um método com colocação extremamente dolorosa, arriscada e difícil. Precisamos deixar de espalhar estes mitos.

Claro, a percepção de dor varia de pessoa para pessoa. Mas, em geral, a inserção do DIU de cobre é um processo rápido, simples e sem desconfortos maiores do que cólicas menstruais comuns para muitas de nós.

Quer saber detalhes? Tem um vídeo no canal contando "tim-tim-por-tim-tim" de todo o processo de inserção do meu "baby-diu":



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