sábado, 31 de março de 2018

TOP 5: VÍDEOS MAIS ASSISTIDOS DO MÊS [MARÇO]

março 31, 2018 0

O canal "Na Veia da Nêga" vem crescendo graças ao apoio e parceria de todos vocês. 

Os conteúdos são fruto da nossa interação de todos os dias e fico muito feliz que estejam assistindo, curtindo, comentando e se inscrevendo!

Hoje trago a lista dos vídeos mais vistos no canal neste mês de março, se ainda não viu, aproveitem para conferir:

#TOP1 - RESENHA MÁSCARA DE BANANA "BOMBA DE VITAMINAS" 




#TOP2 - COMO FAZER SUAS PRÓPRIAS TRANÇAS DE LÃ

 

#TOP3 - RESENHA DIVINO POTÃO - MÁSCARA 2 EM 1 (SKALA)


#TOP4 - RESENHA BASE IDEAL FACE COR CARAMELO 7 


#TOP5 - 12 CORES DOS BATONS QUEEN NA PELE NEGRA 


segunda-feira, 26 de março de 2018

PORQUE A GENTE CHORA POR DESCONHECIDOS?

março 26, 2018 0
Não sei exatamente por onde começar a escrever esse texto, porque eu estive nos últimos dias chorando a morte de alguém que não conheço, lamentando uma perda que não foi minha. Ou foi?

Marielle Franco - Mulher Negra, Socióloga, Favelada e Lésbica. Mulher de Luta!
Embora tenhamos consciência de que todos os dias, em média, 60 pessoas negras são assassinadas neste país, a morte da Marielle Franco ganhou destaque e eu acredito que não precisaríamos explicar o porquê. Mas, ainda é preciso ensinar didaticamente às pessoas na internet o porquê vidas negras importam.

Marielle Franco, vereadora mais bem votada da cidade do Rio de Janeiro, preta, favelada, lésbica e mãe. Mulher que, em pouco mais de um ano de mandato, falou e deu voz às favelas cariocas dentro da câmara de vereadores da cidade do Rio de Janeiro. Mulher preta, favelada, que rompeu a curva das estatísticas das jovens mães negras da periferia. Estudou, foi à luta política, colocou a sua voz para ecoar na torre de marfim que são espaços de poder, brancos, masculinos e ricos.

No sábado, dia 10 de março de 2018, Marielle Franco levou a público a denúncia de violência do 41º Batalhão de Acari.

E apenas quatro dias depois, Marielle foi executada com nove tiros na cabeça, no meio do centro do Rio de Janeiro. Onze tiros disparados em direção ao veículo e cinco na cabeça de uma mulher negra. Marielle, que gritou sempre contra os criminosos, contra uma política de extermínio nos morros, contra a luta hipócrita, supostamente pelas guerras, que justificaria a morte de "varejistas" do tráfico. Marielle Franco sempre lutou contra os bandidos, afinal, bandidos não estão somente onde seu racismo aponta, saiba.

Marielle Franco, mulher de luta, assim como tantas de nós, cada uma na sua luta e a sua maneira, morreu denunciando crimes durante a Intervenção Federal – que se mostra militar – no Rio de Janeiro, sobre a qual o responsável declarou: "Queremos garantias de que não haverá uma nova comissão da verdade". A vereadora havia sido indicada dias antes como relatora da Comissão que fiscalizaria as ações do interventor, preciso dizer mais?

Mas, voltando ao assunto de Marielle Franco ser uma “desconhecida”, lhes pergunto: está proibido sentir a morte dos meus? Das minhas? Principalmente a morte de uma irmã que, assim como eu, lutava em sua frente de batalha por todos nós, cada uma na sua luta, no entanto, LUTANDO e denunciando abusos de poder de um estado. Como já sabemos, um Estado racista e genocida, que poderia ser qualificado como máquina de moer o povo negro, com fortes indícios de ser o responsável por mais essa execução sumária, se esse Estado não se lamentará pela nossa, nós também não podemos?

Nesses dias que sucederam a execução de Marielle Franco tive, por diversas vezes, que explicar a algumas pessoas porque é que o que Marielle defendia era o direito de todos nós, humanos, e pasmem, também foi necessário explicar porque não era “correto” comemorar a morte de uma mulher negra exatamente por ela lutar e defender os direitos humanos. Me espanta, vivemos num país onde é necessário lutar para poder defender o básico, o direito à vida e à dignidade de TODOS os seres humanos, não apenas dos fardados ou engravatados.

No dia 15 de março, enquanto alguns canais comemoravam o “Dia do Consumidor”, muitos de nós chorávamos a morte de alguém que MUITOS, principalmente de outros estados, não conheciam, mas nossa luta nos torna íntimos e por isso nos limitamos a viver esta dor. Sair à rua no dia 15 e abraçar irmãos e irmãs de luta, me deixou com a sensação de que eu estava guardando eles no meu abraço, quase com a intenção de não os deixar partir dali, com medo de perder, assim como perdemos a Marielle Franco.

E assim seguimos, nos identificando com a dor dos nossos que morrem todos os dias, desde muito tempo. O golpe para nós, mulheres, homens e crianças negras, começou lá atrás, quando partiu de África o primeiro navio negreiro.

sexta-feira, 23 de março de 2018

COMUNICADORES POPULARES PODEM REQUERER O REGISTRO PROFISSIONAL DE JORNALISTA

março 23, 2018 3

Comunicadores populares e independentes, que trabalham em rádios, jornais, revistas, blogs e outros periódicos comunitários muitas vezes não tem acesso a informações que tratem de seus direitos enquanto comunicadores. 

Uma decisão histórica do Supremo Tribunal Federal colocou o Brasil junto com diversos outros países do mundo determinando que, mesmo sem diploma de nível superior, qualquer cidadão pode exercer a profissão de jornalista. Autodidatas, pessoas que desempenham a anos função na área, em especial os comunicadores comunitários que, muitas vezes, não possuem curso universitário na área, podem requerer o registro profissional de jornalista junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, e contar com mais este respaldo da lei para exercer a função. 

Não discutiremos aqui, portanto, se é ou não imprescindível para o exercício pleno da profissão, o curso superior em comunicação social com ênfase em jornalismo. Destaco, porém, que, na decisão do STF, o relator, Ministro Gilmar Mendes, frisou que para ele danos a terceiros não são próprios da profissão de jornalista e muito menos poderiam ser prevenidos com um diploma. Devo concordar aqui com o Ministro, já que vemos vários episódios na grande mídia de jornalistas que, ainda possuindo diploma superior para exercerem a função, disseminam boatos, "fakenews" e desabonam a imagem das pessoas. Para Gilmar Mendes faltar com a verdade no exercício da profissão é sim um desencaminho grave no jornalismo, mas, isto também não seria resolvido apenas com a formação superiora. Como disse, comunicar em mídia periódica, principalmente mídias comunitárias é um direito garantido por lei a todos os cidadãos e Mendes lembrou em sua argumentação que o decreto-lei 972/69, que determinou que apenas pessoas com diploma em ensino superior poderiam exercer profissionalmente o jornalismo, foi publicado em pleno período de ditadura, com a evidente intenção de afastar do jornalismo pessoas que fossem contrárias ao regime.

Um dos direitos, aos comunicadores populares e comunitários, garantidos pelo registro profissional de jornalista é a prerrogativa de sigilo da fonte preservada, ou seja, jornalistas tem garantido por lei o direito de preservarem as fontes das suas informações caso estas ofereçam riscos ao informante, por exemplo. Abaixo, a nossa Constituição federal, considerando os artigos que garantem isto:

TÍTULO II

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[...]
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

Assim sendo, em exercício de atividade profissional, ou seja, resguardado pelo registro profissional de jornalista, temos o direito de garantir o sigilo das nossas fontes, gerando segurança tanto ao trabalho do comunicador comunitário, quanto daqueles que contribuem com nosso trabalho.

E como requerer o Registro Profissional de Jornalista?

Antes de tudo esteja ciente de que compor uma classe profissional traz não só direitos como responsabilidades, já falamos aqui no blog sobre os compromissos de comunicar de maneira responsável, logo, será preciso entender que jornalismo não é, portanto, brincadeira. Outra informação importante é que o processo descrito aqui é o que é realizado na cidade de Belo Horizonte e serve também para a Região Metropolitana da Capital - Minas Gerais - e pode não ser exatamente idêntico em todas as cidades (se tiver alguma dúvida, consulte o telefone 156). 

Passo a passo:

  • Acesse o site: https://goo.gl/sgs6gF para preencher a solicitação on-line que será protocolada junto ao MTE.
  • Após o preenchimento e a impressão de todas as guias geradas, você precisará juntar as cópias dos seguintes documentos: Carteira de Identidade, Carteira de trabalho (página da foto e dados pessoais), CPF e comprovante de residência. Lembrando que esta solicitação se apoia na decisão do STF mencionada acima, portanto, não exige apresentação de diploma de ensino superior. 
  • Originais dos documentos listados anteriormente, para conferência.
  • Levar todos os itens até a central de protocolos do Ministério do Trabalho e Emprego que fica na Rua dos Tamôios, 596 - Centro (BH/MG). NÃO É PRECISO AGENDAR HORÁRIO PARA PROTOCOLAR A DOCUMENTAÇÃO EM BELO HORIZONTE.
  • O prazo para liberação do registro é de 10 dias úteis e o registro fica disponível para impressão no site do MTE após este prazo. Faça a impressão colorida e, se possível, plastifique. O Registro Profissional de Jornalista será sua identificação profissional sempre que solicitado.
É importante informar que o registro é GRATUITO e realizado em todo o país, basta procurar a unidade do MTE na sua cidade.

EDIT 27 de maio de 2018: Notícia STF, na ocasião da decisão a cerca da não obrigatoriedade do diploma para exercer a opção e, consequentemente, receber o registro profissional: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=109717

RECEITA VEGANA QUE É UMA DELÍCIA, EXISTE?

março 23, 2018 0
Existem outras formas de comer que vão além do nosso senso comum, de um gosto moldado pelo capitalismo e muito alimentado por ele. Comer carne para muitos tem o significado de status econômico, famílias pobres que um dia não tiveram acesso a muitos "luxos" que são proporcionados pelo capital consideram comer carne uma ascensão de padrão.  A discussão é mais profunda que pensamos, mas, que tal abrirmos nossa cabeça (e paladar) para receitas que são classificadas como "veganas" e são uma delícia?

Receita Vegana - Carne de Banana
Já pensou em comer "carne de banana"? Pois é, muitos já devem ter experimentado o chips de banana, mas, a carne de banana não é tão comentada nem tão comum assim, mas, que tal desfazer o preconceito e experimentar?
A parte de dentro da casca de banana, ainda fresquinha, é rica em potássio, magnésio, vitaminas B6 e B12 e você joga isso tudo no lixo quando não consome esta parte da fruta. Pode ser útil em petiscos como o que vou ensinar agora, mas, é importante ressaltar que eu NÃO SOU VEGANA, logo, o pãozinho que recomendo nesta receita é tradicional, leva ovos na receita e NÃO É CONSIDERADO vegan, mas, vocês que são podem substituir pelo pão de sua preferência. 

RECEITA DE CARNE DE BANANA (porção para 3 pessoas)

Você vai precisar de:
  • 8 Cascas de Bananas lavadas e secas (eu lavo as cascas ANTES de retirá-las da banana)
  • 30ml de Molho Shoyu (duas colheres de sopa)
  • Cheiro verde (salsinha, cebolinha) a gosto
  • Tempero de sal e alho a gosto
  • 1 Pimentão picado em cubos
  • 2 Cebolas picadas em cubos
  • 2 Tomates picados em cubos
  • 30ml de vinagre (duas colheres de sopa)
  • Sal a gosto)
  • Orégano e louro em pó
Modo de preparo:
  • Corte em tirinhas finas as cascas de bananas ainda frescas e coloque de molho em água com o vinagre. Este processo tem a função de diminuir a adstringência da casca de banana e você pode substituir por 15ml de suco de limão, caso prefira. Você pode usar a casca de qualquer qualidade de banana, quanto mais fresquinha e amarelinha, melhor. 
  • Numa panela com óleo de coco ou azeite, adicione a cebola e mistura de óleo e sal, deixe até dourar e garanta que a cebola não está mais crua. Acrescente o tomate picado e preferencialmente sem sementes, por último e antes da banana (que deve ter ficado de molho por, pelo menos, 10 minutos) acrescente o pimentão. Vá acrescentando os demais temperos a gosto (eu gosto de pimenta, mas, depende do gosto de cada um).
  • Adicione então junte as cascas de banana devidamente escorridas de toda água e o molho Shoyu. Deixe cozinhar até que as tirinhas estejam macias, isto leva cerca de dez minutos.
Sugestões de servir:
  • Como petisco sobre torradas, fica uma delícia!
  • Como prato principal, acompanhado de arroz e salada!
  • Como recheio de sanduíche!
Deixe a sua criatividade mandar nos usos da carne de banana. Geralmente eu não sou a favor de colocar nomes comuns nessas comidas, a carne de banana não tem textura de carne de boi, por exemplo, mas, isso não faz dela ruim, muito pelo contrário, é uma delícia e eu duvido que depois de experimentar você vai se atrever a descartas as cascas de banana que tem em casa.

quarta-feira, 21 de março de 2018

5 DICAS PARA CUIDAR DA PELE OLEOSA

março 21, 2018 0
A pele negra é mais oleosa que as demais? Como podemos cuidar disso e usar essa característica a nosso favor? Dicas simples, que não substituem a consulta com um dermatologista, mas, que podem ser úteis para ajudar a você se entender melhor com a pele do seu rosto. 

Verão fotografia desenhado por Katemangostar - Freepik.com
A pele com mais melanina, ou seja, a pele negra, tende a ter mais células chamadas Fibroblastos, estas células são responsáveis pelo processamento do colágeno e da elastina. Aquelas substâncias que muita gente precisa ingerir de maneira sintética é produzida em larga escala e de maneira natural pela nossa pele. O colágeno tem a função de "sustentar" as células, ou seja, manter a pele firme e esticadinha, daí vem a nossa fama de "envelhecer mais devagar". Quanto mais melanina, mais fibroblastos, mais síntese de colágeno, ou seja, mais firmeza na pele por mais tempo. Não é tudo de bom? A elastina confere mais elasticidade a pele, podemos seguir o mesmo raciocínio do colágeno, mais melanina, mais vantagens!
Mas, há prós e contras em possuir mais células sintetizando estas proteínas. Foliculite (o famoso pelo encravado), manchas, oleosidade em excesso e espinhas também podem ser advindas desse trabalho extra das células Fibroblastos.


Então, o que é preciso fazer para amenizar esses efeitos?

O primeiro passo é entender que a oleosidade em excesso não é um "defeito" da nossa pele, em alguns casos pode até ser considerada uma vantagem. O que precisamos, no entanto, é aprender a usar isso a nosso favor. 


1 - Tudo em excesso faz mal, cuidado com o efeito de rebote!

É comum pensarem que a cura para a oleosidade em excesso da pele é simplesmente ressecá-la, mas, isto não vai dar certo e pode piorar a situação. Como vimos, a pele negra não é oleosa em excesso por um "acidente", há uma explicação biológica e agentes externos não vão alterar a sua genética, entendeu? Ao perceber o ressecamento excessivo o seu corpo vai trabalhar para restabelecer a condição "normal" da sua pele. Isto pode levar ao que os especialistas chamam de "efeito rebote" no caso da oleosidade, fazendo com o que seu corpo produza ainda mais óleo e piorando seus problemas. Lave e higienize a pele no máximo duas vezes ao dia e evite tocar com a mão suja na pele do seu rosto.


2 - Limpar, tonificar e hidratar!

A limpeza da pele é importante e, como já vimos, não em excesso. Para as que usam maquiagem diariamente, antes do sabonete é importante utilizar lenços demaquilantes, ou um produto com a função de retirar a maquiagem da sua preferência. A pele respira pelos poros e eles precisam estar desobstruídos para que isto aconteça, aí que entra o tônico. Tonificar a pele do rosto tem a função de equilibrar e retirar o restante de resíduos que o sabonete não foi capaz de eliminar, assim você garante que seus poros estarão prontos para eliminar esta oleosidade da maneira correta, sem entupir, o que acabaria provocando as temidas espinhas. Hidratar a pele oleosa é fundamental para que ela produza oleosidade da forma correta. Parece estranho? Não, não é! Manter a pele oleosa hidratada é uma forma de garantir que ela não vai produzir óleo além do necessário durante o dia.


3 - Óleos vegetais são seus aliados, não inimigos!

Pode parecer estranho no começo, mas, óleos vegetais são aliados na luta contra oleosidade em excesso da pele do rosto. O óleo de coco in natura e 100% vegetal pode ser usado diariamente na pele do rosto para garantir a hidratação correta, melhorar a aparência, como demaquilante e como tratamento para as espinhas, pois o óleo de coco também tem propriedades antifúngicas. É preciso apenas evitar se expor ao sol com óleo de coco na pele, pois isto pode provocar queimaduras sérias.


4 - Não dispensem o protetor solar!

O ideal é encontrar um protetor solar livre de óleos, ou com a menor quantidade de óleo possível, para uso diário. A pele negra é mais suscetível a manchas, pelos mesmos motivos que citamos acima, portanto o protetor solar é imprescindível para manter a nossa pele livre de manchas. Lembrando que as manchas solares não são necessariamente advindas das espinhas, mas, também podem ser uma causa. 

5 - Capriche na alimentação!

Como já entendemos, a pele é oleosa por fatores biológicos e a melhor forma de mudar a condição do corpo por dentro é modificando sua alimentação. Alimentos ricos em Vitamina A podem ajudar a melhorar a aparência da sua pele, reduzindo a oleosidade, inclusive a Vitamina A costuma ser recomendada por médicos para uso externo em alguns casos. Veja alguns alimentos que podem contribuir na melhora da pele por serem ricos em Vitamina A:

  • Cenoura
  • Mamão
  • Espinafre
  • Manga
  • Inhame
  • Fígado de boi
  • Gema de ovo
Estes alimentos possuem ação antioxidante, além de ajudarem a produção sebo pelas glândulas sebáceas, ou seja, podem contribuir na diminuição da oleosidade produzida, reduzindo a incidência de espinhas, por consequência.

Procure sempre um dermatologista!

Infelizmente no Brasil ainda temos uma carência de dermatologistas que sejam especialistas em pele negra (se conhece algum, deixe nos comentários deste post), mas, é sempre importante consultar um médico antes de utilizar produtos cosméticos em sua pele. As vezes na intenção de resolver um problema acabamos criando outros, por falta de orientações médicas corretas, fique atenta. 

segunda-feira, 19 de março de 2018

WORLD NEEDS TO KNOW THE TRUTH ABOUT THE GENOCIDE OF BLACK PEOPLE IN BRAZIL

março 19, 2018 0
Councilwoman Marielle Franco was executed with five headshots in Rio de Janeiro
Last week the councilwoman Marielle Franco was executed with five headshots, in a bustling street in Rio de Janeiro city. Marielle, who was a sociologist and mother, was fighting for the human rights  and slum’s people in her job.

The suppositions about the case point to involvement of policie officers and state agents, they supposedly wanted to shut down her reports of abusive state agents working on the federal intervention in Rio de Janeiro City. Marielle Franco reported on Saturday (March, 10th) the dead of two young residents of the Favela da Maré. In her report, that circulated on Facebook, Wahtsapp and other social networks, Marielle narrated the violence commited by the police officers from the  Acari's 41th police station. According to Marielle, in her text share on the networks, the police officers shot to kill innocent people, they came to say this, also shot in the direction of Marielle and other resident that was whit Marielle in the street in the exactly moment. Still according the related of Marielle, they said that "he's was coming to kill all the people, not only criminals" and that "they want to take souls". 

The story of the Saturday morning was terrible, and caught attention of the residents and, mainly, dangerous and powerful people. Four days later, Marielle was executed along with her driver.

Brazil is the country that has killed more human right activist lately, and the main suspects of the majority of these crimes are state agents, Brazil has the most violent police in the world, which commit the most murders and is almost never punished by their crimes. We need to talk about the police violence on our country and the victims of murders are mainly black people. The young black people, in Brazil, have three times more chances to be killed than white people. In some states, like Alagoas, for instance, the odds are twelve times higher. In Brazil, on average, 63 young black people are killed every day, which is terrifying.


Brazilian states have a social cleansing policy, in which firstly, the throw black people for the slum and then kill the slum's residents. Kids, young, old, all the people are black and poor have chance to dying in the state war against the poor. 

If we do not tell about this violence against black people, we will not have any chance to denounce the abuses and make everyone see the truth about the racism in Brazil, since social cleansing (killed black and poor's) is directly linked to racism in the here. Rio de Janeiro city is only a “test zone”, and we fear that is could spread to entire country.

As independent communicators, such a blogger, radio hosts and digital influencers, we need to spread what is happening here. Marielle died because she dared to warn people about the police agents brutality in the Favela da Maré, in Rio de Janeiro city. We can't allow to be her become just another statistic, another black people killed thank the genocide in Brazil.

Collaborate: João Victor Chamon, Lavínia Rocha, Gabriela Sarmento.

domingo, 18 de março de 2018

CINCO DICAS PARA PASSAR PELA TRANSIÇÃO CAPILAR

março 18, 2018 0
CINCO DICAS PARA PASSAR PELA TRANSIÇÃO CAPILAR
A transição capilar não é só estética, mas, também uma mudança política e de pensamento, a mudança por fora costuma apenas refletir mudanças que já estão amadurecidas dentro de cada uma de nós. Assumir os cabelos naturais, principalmente para mulheres negras e crespas, tem o peso de carregarmos em nossas cabeças um tipo de cabelo que ainda não é tão aceito pela sociedade. Tudo isto pode tornar a transição capilar um pouco mais difícil do que já é, mas, as dicas de hoje tão te ajudar a minimizar isto.

1 - GEL PARA TEXTURIZAÇÃO CAPILAR é um santo aliado para a transição capilar. Os cabelos ainda estão "meio a meio" quando o assunto é forma, meio alisado e meio (ou menos que a metade) de textura natural, o gel ajuda a dar uma forma mais ou menos parecida para as duas partes. É importante garantir mais dias de cabelo "arrumado", para facilitar a vida e também tirar de uma vez por toda essa impressão de que assumir o cabelo natural "dá trabalho". 

2 - ÓLEO DE RÍCINO (OU QUALQUER ÓLEO 100% VEGETAL) para ajudar a fortalecer os cabelos. Uma reclamação constante das crespas e cacheadas em transição é a queda "absurda" dos cabelos. Geralmente a queda ocorre devido à quebra (mas, na dúvida não deixe de consultar seu dermatologista) exatamente na parte que une o cabelo natural ao alisado e é preciso fortalecer esta ligação, que vai deixando as pontas mais ralinhas

3 - GRAMPOS são um coringa durante a transição, servem para penteados, texturizações, esconder aquelas partes quebradinhas na frente ou os novos cabelinhos em partes que antes não existiam por conta da química. Texturização dos fios é sempre uma alternativa mais interessante do que a escova e chapinha, por exemplo.

4 - CORTES DE CABELO REGULARMENTE são a única coisa que tiram química dos cabelos, não existe milagre. Programe tirar as pontinhas sempre que possível para manter a aparência de saudável e no mínimo o cabelo com o comprimento regular. Não precisa cortar todo o cabelo alisado de uma única vez, isto pode ser feito aos poucos e no seu tempo.

5 - BANDANA É UM ÓTIMO ACESSÓRIO, porque com ela você pode fazer MIL PENTEADOS DIFERENTES, além de ser útil para proteger os cabelos texturizados na hora de dormir, por ser de um material fino, evita que os cabelos embolem ou desmanchem, garantindo mais dias com a texturização intacta e, consequentemente, menos "trabalho" com o cabelo em transição capilar. 

BÔNUS!
Tranças sintéticas podem ser uma ótima alternativa para passar pela transição, de maneira simples e prática é possível mudar o visual, sozinha ou com o trabalho de uma trancista profissional. Tem vídeo no canal ensinando a trançar o próprio cabelo. Confira:


sexta-feira, 16 de março de 2018

CAPACITAÇÃO DE SEGURANÇA PARA COMUNICADORES INDEPENDENTES

março 16, 2018 0
É desolador perceber que a realidade do nosso país faz necessárias ações e maneiras de se auto proteger, não só do estado, mas também, da sociedade civil. 




Grande parte dos comunicadores independentes sofre, diariamente, ataques que ameaçam seu local de trabalho, sua família e até sua própria vida. Foi pensando nisso que a Criar Brasil, em parceria com a UNESCO, promoveram um encontro na cidade do Rio de Janeiro para capacitar radialistas comunitários, jornalistas independentes, blogueiros e produtores de conteúdo em geral que trabalham com temas sociais e acabam atraindo também os haters. O que não é muito incomum, o grande problema é quando nossas denúncias tiram os haters do campo hipotético e os levam às vias de fato, colocando em risco a vida dos comunicadores comunitários.

É para tentar diminuir os impactos destas violências que a Criar Brasil promoveu nosso encontro na cidade do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 8 de março de 2018

EU QUERO RESPEITO, EQUIDADE E FLORES. NÃO NOS NEGUEM AS FLORES.

março 08, 2018 1
Eu nunca ganhei flores. Confesso que já fantasiei enviar flores a mim mesma, no trabalho ou na escola, de maneira "anônima", para experimentar a sensação de receber flores. Nunca me deram flores


Hoje é o dia de pautar a discussão "não quero flores, quero respeito", principalmente nas redes sociais. Mas, fora do oito de março, também é possível encontrar nas rodas de conversa sobre um suposto feminismo "guarda-chuva" esse tema debatido e esbravejado. Concordo em partes com a afirmação. Também não me serviriam dúzias de rosas se continuassem me tratando como tratam. Mas, vamos tentar aprofundar isto?

Hoje, oito de março, é mais um dia comum na minha vida, dia em que acordei um pouco mais tarde, perdi a paciência com o filho que não faz nada na hora em que é solicitado – nem dez minutos depois, nem meia hora depois – e tomei café, fui levá-lo para a escola e já colecionei o primeiro abuso do dia. Só coloquei os pés para fora de casa uma vez no dia de hoje e nesta única vez fui assediada, de maneira nojenta e invasiva, como todo "bom e velho" homem cis-gênero sabe fazer muito bem. De que adiantaria então flores vindas destes homens? Nada, concordo absolutamente. 
No entanto, é preciso também tratar de outra perspectiva, uma forma de ver que me leva a perguntar: "e então, eu não sou uma mulher?" A mesma pergunta foi feita por Sojourner Truth em 1851 e, hoje, nós mulheres negras temos de nos perguntar o mesmo. O assédio não é e nem nunca foi "privilégio", ao contrário do que circulou em um texto, produzido e reproduzido por mulheres que fazem parte de uma maioria política opressora, nas redes sociais muito recentemente, e o assédio no caso das mulheres negras sempre vem acompanhado do racismo. Sarah Baartman foi exposta nua como "espetáculo" em 1810, período histórico em que as opressões sofridas por mulheres não negras eram muito diferentes das que sofremos hoje. 

"Eu não serei livre enquanto houver mulheres que não são, mesmo que suas algemas sejam muito diferentes das minhas" –  audre lorde (assim mesmo, minúsculo).

A história das mulheres, brancas e negras – isto para não mencionar as indígenas brasileiras que também sofrem um apagamento nesta data (e no resto do ano, porque não dizer) –  tem suas particularidades, suas diferenças e apontar isto não é para tentar causar desconforto ou reduzir a importância da data, mas, é preciso sempre conhecer do que falamos, a história daquilo que "comemoramos" e entender muito bem qual o nosso papel na história, para só então decidirmos se queremos ou não flores no dia de hoje.

Quando nós, mulheres negras, fomos colocadas no posto de "sensível", merecedora de cuidados ou a que não poderia trabalhar por ser frágil, por exemplo? É possível dizer que, lá em 1914, quando foi instituído o Dia Internacional da Mulher, nós estávamos em pé de igualdade em luta, em colocação social e em papel na sociedade? Não. Não estávamos!

A história de lutas e busca por mudanças sempre esteve presente dos dois lados da história, mas, nós precisamos por muito tempo, e algumas de nós até hoje precisam, lutar para, primeiramente, sermos enxergadas como mulheres e, só então, lutarmos por outros direitos que também foram negados a nós. A gentileza no simbolismo de dar flores certamente é um destes cuidados que muitas de nós, mulheres negras, nunca experimentaram ao longo da vida. Falo aqui de um gesto que simboliza essa gentileza, mas que pode ser representado por muitos outros que ainda nos faltam diariamente. Experimentar este lugar de ser cuidada e amparada, deixando nítido que não falo aqui, portanto, das opressões do machismo e dos comportamentos machistas de tratar a mulher como incapaz. Seria uma experimentação nova para a maior parte das mulheres negras brasileiras. As flores que, nesse contexto, simbolizam a gentileza, não são um "mimo" comumente cedido a nós. 

Acervo Instituto Moreira Sales - Mulheres e Homens escravizados lavorando fazenda de café em São Paulo - 1824
A nós foi negado o local "diferenciado", reservado para mulheres brancas, no período da escravidão e permanece o tratamento da herança escravocrata em nossa construção social até os dias de hoje. Angela Davis escreveu em seu livro "Mulheres, Raça e Classe":

"Obrigada pelos seus senhores de escravos a trabalhar de modo tão "masculino" quanto seus companheiros, as mulheres negras devem ter sido profundamente afetadas pelas vivências durante a escravidão. Algumas, sem dúvida, ficaram abaladas e destruídas, embora a maioria tenha sobrevivido e, nesse processo, adquirido características consideradas tabus pela ideologia da feminilidade do século XIX. Um viajante daquela época observou escravas e escravos que voltavam para casa após o trabalho no campo, no Mississipi, e relatou que o grupo incluía "quarenta das maiores e mais fortes mulheres que já vi juntas; todas vestiam um uniforme simples, xadrez azulado; suas pernas estavam nuas e os pés, descalços; elas tinha uma postura altiva, cada uma com uma enxada no ombro, e caminhavam com um passo livre, firme, como soldados [chasseurs] em marcha." (DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boi Tempo, 2016. 23p. Tradução: Heci Regina Candiani.)

Colocadas assim então em pé de igualdade de tratamento social com os nossos homens, também escravizados, posso apontar que não eram direcionadas a nós as flores, nesta data por muitos anos, ainda que com hipocrisia. Então, porque não considerar pedir junto com o respeito, a equidade social, o fim dos assédios, da violência, do racismo e do machismo, as flores que também não nos foram dadas nestes anos?

quarta-feira, 7 de março de 2018

TUDO SOBRE BOXBRAIDS: TIRA-DÚVIDAS SOBRE TRANÇAS DE LÃ

março 07, 2018 0

Usar tranças não é só um aparato estético, mas também e principalmente é uma reafirmação política da estética negra no Brasil, isto porque sabemos muito bem como as coisas consideradas "de preto" são tratadas no nosso país quando feitas por pessoas que são e por pessoas que não são negras. Com as tranças boxbraids não poderia ser diferente, o que não significa em nenhum momento uma regra de quem pode ou não pode usar, mas, a "regra é clara" sobre quem fica bem e quem não fica bem de tranças, não é mesmo? 

Se apropriar disto da melhor maneira possível, que nos deixe mais confortável e, porque não, se sentindo ainda mais bonita, é uma maneira simples e criativa de se apropriar esteticamente da nossa cultura e colocar isto nos nossos tempos. Além dos trabalhos maravilhosos de trancistas profissionais que tem ganhado a vida enfeitando as nossas cabeças, também é possível mudar o próprio visual fazendo as próprias tranças, duvida? 


Algumas dúvidas podem surgir na hora de decidir se faremos ou não as próprias tranças, se usaremos ou não boxbraids e, acredite, usar tranças tem várias vantagens, já tem post aqui neste blog sobre elas. Alguns mitos também surgem todos os dias, como por exemplo, "tranças são prejudiciais para a transição"(?), já adianto: a resposta é não! Tranças boxbraids podem ajudar na transição, inclusive ajudando no crescimento capilar, o que se deve estar atenta é ao fato de que os cabelos alisados ou com químicas de transformação em geral tem uma resistência menor ao processo, podendo ficar ainda mais fracos por ficarem condicionados as tranças por longos períodos, mas, isto afeta apenas o cabelo quimicado, ok? Existem outras dúvidas muito comuns sobre o uso de boxbraids e estão muitas delas respondidas no vídeo a seguir:



As tranças, além de mudarem o visual de maneira temporária, podem ajudar a passar pela transição capilar de maneira muito mais tranquila. 
Restou alguma dúvida sobre elas? Comente neste post que tento ajudar. 

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